Currently released so far... 4040 / 251,287
Articles
Browse latest releases
Browse by creation date
Browse by origin
Browse by tag
Browse by classification
Community resources
Brazil - Clinton pediu informações pessoais sobre integrantes do governo
Natalia Viana, 10 December, 9.00 GMT
- EUA criticam Plano Nacional de Defesa, mas vêem oportunidade
- De olho nas Olimpíadas, US faz lobby e amplia presença no país
- Brasil rejeitou prisioneiros de Guantánamo
- EUA tentaram usar Saito e Jobim para venda dos caças
- A lista secreta de compras do império
- O presidente e o embaixador
- US lobbies for more security in the 2016 Olympics - and wants to profit
- Dilma Rousseff, na saúde e na doença
- Nos bastidores, o lobby pelo pré-sal
- Em telegrama, embaixador é favorável à redução de reserva legal
- Félix : Brasil tem que se acostumar "com sacos de corpos" voltando da guerra
- General says Brazil should get used to "body bags" from war
- Costa Rica também pediu ajuda ao governo americano para espionagem
- Brasil negociou imunidade a militares americanos
- Cablegate : how the US sees the landless movement in Brazil
- EUA queriam que Brasil ajudasse a espionar Chávez
- Embaixada intercedeu pela extradição de mediador das Farc
Dentre os quase 3 mil documentos obtidos pelo WikiLeaks que tratam de Brasil há um de especial interesse. Trata-se de um telegrama confidencial enviado no dia 23 de abril de 2009 ao departamento politico da embaixaada em Brasília e assinado pela própria Secretária do Departamento de Estado americano, Hillary Clinton (CLIQUE AQUI - 203847).
Todo escrito em letras garrafais, o documento - produzido dois meses e meio depois da posse de Clinton no cargo - mostra que ela também pediu informações detalhadas sobre membros do governo que seriam de especial interesse à administração americana.
Clinton agradece pela informação sobre os possíveis candidatos à sucessão presidencial, em especial ao relatório "estelar" sobre José Serra (candidato do PSDB). As informações seriam usadas em relatórios para "clientes-chave" - ou seja, agências e secretarias do governo, relata Clinton.
Ela também agradece pelos detalhes biográficos enviados a respeito do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e à negociadora do Itamaraty Vera Machado.
"Essa informação ajuda a preencher vácuos biográficos sobre atores-chave na política ambiental e de mudanças climáticas - um tema bilateral muito importante".
Em especial, os oficiais de Washington valorizam informações sobre "o jeito de atuar dos líderes, motivações, qualidades e defeitos, relações com superiores, sensibilidades, visões de mundo, hobbies e proficiência em linguas".
Relatos sobre divergências e convergências entre os líderes brasileiros em relação a temas econômicos, políticos e de relações exteriores,também serviriam para os americanos identificarem "interlocutores favoráveis ou obstáculos" nos temas prioritário como energia e comércio/protecionismo.
Washington pede mais. Quer que o corpo diplomático reúna informações sobre "divisões dentro do núcleo do governo Lula" em relação às políticas usadas para atenuar os efeitos da crise econômica, em especial aquelas que pudessem afetar o comércio bilaterial entre os dois países.
Por fim, Clinton agradece informações sobre "a relativa influência de assessores econômicos, seus estilos de negociação e sua autoridade" e pede mais detalhes sobre a pesonalidade de membros do executivo por trás de projetos de lei que saem do Planalto e não do Congresso, pois eles ajudam Washington a "avaliar a influência, as visões de mundo e a linha política" desses indivíduos.